quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Sardinha
Estive em Santiago do Chile. Uma cidade acolhedora, iluminada, com um Rio que lhe corta em duas e baruralha incessantemente dos Andes as tardes suspensas.
Certo dia, visitando alguma construção, observei, suspenso, noutro prédio de importância urbanística evidente, um índio guardando o horizonte.
Por qual razão o colocaram alí?
Logo pensei que a resposta poderia ser uma só: ele está convocando seus antepassados e seus contemporâneos para fazer uma deglutição dos Bispos Sardinhas de lá!
Uma maravilha pois consegui fotografá-lo apenas duas vezes: uma exatamente quando ele se virou e a outra quando ele já ia partir...
... durante a noite, influênciados pelo espanhol do fantástico de Borges, vidas ocultas se movimentam nos columbários da cidade que também abriga um dos maiores museus de arte e artefatos das civilizações andinas.
Durante um show de jazz cujo som era aberto ao público que ficava do lado de fora da praça, um vinho cujo rito e as raízes brotavam dos tons, ora da música, ora do álcool, celebrava uma dança com o povo e todos, com a mesma cara daquele guerreiro intransparentemente suspenso, foram em busca do Sardinha.
Só a antropofagia nos une!
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nos une porque também dispersa!
ResponderExcluireu me desorganizando também posso me organizar...
ResponderExcluirPra continuar a prosa:
ResponderExcluirhttp://praquepraonde.blogspot.com/2010_02_01_archive.html